A situação na Síria está preocupando as potências ocidentais, em especial os Estados Unidos, devido a escalada da violência, apesar de o governo sírio ter anunciado a revogação da “Lei do Estado de Emergência”, por intermédio de Bussaina Chaabane, conselheira do presidente Bashar Al-Assad. Segundo a Chaabane, “todas as pessoas presas por causa dela serão libertadas”.
A Lei, existente no país desde 1963, permitia a prisão de “pessoas que ameaçam a segurança”, possibilitava o controle da mídia e restringia reuniões. Por isso, sua revogação foi anunciada como um sinal de que está sendo pensado um processo transitório de regime.
A percepção dos analistas é de que as manifestações estão aumentando. Um sinal disso é o fato de o Governo ter acionado o Exército para ficar de prontidão nas cidades e regiões onde a oposição está mais intensa. O interpretação é de que os governantes avaliam que as forças policiais não terão condições de conter qualquer levante, por isso a presença do Exército.
Apontam ainda os observadores que a tendência será o governo não ter como conter os manifestos, pois a forma como está reagindo levará a mais revoltas, uma vez que o uso da violência tem sido intenso, com denúncias de prisões continuadas, além de assassinatos cometidos por “atiradores de elite” posicionados em lugares para atingir a população indiscriminadamente, apenas para limpar a área.
Para o EUA, a situação é complexa, pois os sírios são inimigos declarados dos norte-americanos. Por essa razão, estes anunciaram que não atuarão no país como estão fazendo na Líbia, evitando dar argumentos e motivos para formação e/ou execução imediata de Alianças que podem romper o frágil equilíbrio ainda restante na região. Apesar das revoltas estarem espalhadas por todos os países, elas estão contidas internamente em cada país.