Os quatro Estados brasileiros fronteiriços com a Bolívia (Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) resolveram constituir uma gente de combate à política e lei boliviana de legalização dos carros brasileiros que foram roubados e transitam livre em território boliviano. Desejam fazer um Acordo oficial entre os governos dos dois países, ou adotar medidas rigorosas para combater o procedimento que, segundo apontam os principais manifestantes brasileiros, beneficia o narcotráfico.
Ontem, quinta-feira, dia 10 de novembro, o deputados estaduais do Mato Grosso do Sul (PSDB/MS) Professor Rinaldo e Laerte Tetila (PT / MS), acompanhados pelo deputado estadual matogrossense Emanuel Pinheiro (PR / MT) participaram de “Sessão Ordinária” na “Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul” na qual relataram o que foi proposto à “Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal”.
Segundo afirmaram, “Queremos uma posição do governo brasileiro. Solicitamos que o Brasil faça um acordo oficial com o governo boliviano para que não se editem mais normas que legalizem carros irregulares. Pedimos ainda que o Ministério da Justiça encaminhe a lista oficial dos carros roubados no Brasil”*.
De acordo com o denunciado, querem combater a “Lei 133” (boliviana) que explicitamente legaliza os carros roubados no Brasil “Ano a ano elas são editadas e reeditadas, mas não eram tão explícitas. No entanto, a Lei 133 foi a mais audaciosa, deixando claro (sic) a legalização dos carros roubados. Essa lei é um patrocínio velado ao narcotráfico, tráfico de armas e a toda forma de violência. (…). Os carros roubados são trocados por cocaína. Uma caminhonete, por exemplo, é trocada por cinco quilos de cocaína. De que adianta a prevenção e a repreensão das drogas, sendo que a Bolívia democratiza e socializa a cocaína através do poder paralelo”*.
Acusam a Bolívia de não agir diplomaticamente, pois não dão reciprocidade nas relações e neste quadro ameaçam agir de forma rigorosa contra a Bolívia. Declararam que “Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia não ficarão parados. Se a Bolívia nada fazer (sic), nós vamos pedir o fechamento dos Consulados Bolivianos nos estados fronteiriços. A União que fique com sua diplomacia de manter boas relações para com um País que não tem consideração com o Brasil”*.
Esperam a resposta da Comissão do Senado Federal até o final de novembro, ficando ainda abertas as possibilidades de sucesso das ações que os representantes estaduais querem implantar.
Pelo divulgado, a “Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul” acompanhará o processo, podendo ser um indício de que, se não apresentar resultados na instância federal, alguma entidade deverá fazer denúncia internacional, transparecendo inatividade das instâncias governamentais da União.
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